quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

O que te motiva?

Mateus, 9:9 - "Partindo Jesus dali, viu sentado na coletoria um homem chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu."

Mateus coletava impostos. Cobrava-os dos judeus. O que pensava ele ao largar tudo e seguir Jesus assim, tão prontamente? Achou que lucraria com Ele? Que obteria alguma recompensa financeira por estar com aquele grande operador de milagres, seguido por multidões? Tornar-se-ia famoso por estar com o chamado Mestre? Ou, de ver tais milagres e a simplicidade do Homem, tinha o coração quebrantado e sabia que ali realmente estava alguém tremendamente especial, o Filho de Deus?

Deus nos chama todos os dias para segui-lO, seguir Sua Palavra e Seus mandamentos. Ele é atendido? E com qual prontidão? Com qual motivação? Estamos ao lado dEle para obter lucro, prosperidade, projeção, reconhecimento? Ou simplesmente desejamos servir ao Rei, sabendo que, se somos e temos algo, é somente graças a Ele?

Um ano novo buscando a Ele e às coisas do Alto, com honestidade de coração e motivações certas.

Bom dia!




quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

O nascimento de um Rei...

O soldado romano dá um passo à frente com o flagrum (açoite) em sua mão. Este é um chicote com várias tiras pesadas de couro com duas pequenas bolas de chumbo amarradas nas pontas de cada tira. [...] As pequenas bolas de chumbo primeiramente produzem grandes, profundos hematomas, que se rompem com as subsequentes chicotadas. Finalmente, a pele das costas está pendurada em tiras e toda a área está uma irreconhecível massa de tecido ensanguentado. Quando é determinado, pelo centurião responsável, que o prisioneiro está à beira da morte, então o espancamento é encerrado.

Então, Jesus, quase desmaiando, é desamarrado, e lhe é permitido cair no pavimento de pedra, molhado com Seu próprio sangue. Os soldados romanos vêm uma grande piada neste Judeu, que se dizia ser o Rei. Eles atiram um manto sobre os seus ombros e colocam um pau em suas mãos, como um cetro. Eles ainda precisam de uma coroa para completar a cena. Um pequeno galho flexível, coberto de longos espinhos é enrolado em forma de uma coroa e pressionado sobre Sua cabeça. Novamente, há uma intensa hemorragia (o couro do crânio é uma das regiões mais irrigadas do nosso corpo).

Após zombarem dele, e baterem em sua face, tiram o pau de suas mãos e batem em sua cabeça, fazendo com que os espinhos se aprofundem em sua cabeça. Finalmente, cansado de seu sádico esporte, o manto é retirado de suas costas. O manto, por sua vez, já havia aderido ao sangue e grudado nas feridas. Como em uma descuidada remoção de uma atadura cirúrgica, sua retirada causa dor toturante. As feridas começam a sangrar como se ele estivesse apanhando outra vez.¹

Estes são trechos do relato do médico francês Dr. Pierre Barbet acerca dos sofrimentos de Cristo desde antes de sua prisão até a sua crucificação. Já parou para pensar por que o Filho de Deus deixou os céus para sofrer assim neste lugar?

“Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido”. (Lc 19:10)

O homem havia perdido sua ligação com Deus. Seus erros, pecados e culpas separavam-no do Pai (Is 59:2). A fim de resgatar esse relacionamento, como um sacrifício vivo e perfeito, Jesus entregou-se à cruz. Por meio de seu sacrifício, deu-nos o perdão dos pecados e nos reconciliou com o Pai. Estávamos perdidos, destinados à perdição, à eternidade sem Deus, mas não estamos mais.

Daqui a algumas horas, muitos estarão reunidos em nome de Cristo. Teoricamente, celebrando o seu nascimento. Poucos se lembram ou sabem o porquê de sua vinda.

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3:16)

Que neste Natal (ou em qualquer outro dia), você possa parar para refletir sobre a obra da cruz. Jesus não nasceu para ser celebrado como um bebê, numa manjedoura, mas para ser adorado pela salvação que trouxe aos homens. Através dEle, podemos entrar na presença do Pai, sem culpas ou pecados. Foi para isso que Ele veio.

O menino da manjedoura cresceu e enfrentou uma dolorosa morte de cruz, por amor a cada um de nós. Um Rei se fez homem, para alcançar os homens.

Um Natal e um ano novo com Cristo!

Simone Costa




1- http://www.hermeneutica.com/estudos/crucificacao.html