domingo, 17 de maio de 2020

A política entrou na Igreja e criou partidos


A política entrou na Igreja e criou partidos. Em 28 anos de Evangelho, nunca vi uma igreja tão dividida como agora. Rachada, seria o termo certo (infelizmente). Uma igreja que afirma que "toda autoridade é constituída por Deus", mas recusa-se a se sujeitar a algumas delas. Que, em vez de pregar obediência, submissão e intercessão, gera divisão, contenda e tristeza. Que afirma fazer uma coisa, quando, na verdade, faz outra (achava que isso era mentira. Estava enganada?). Que prega que nossa luta não é contra carne e sangue, mas briga com Deus e os homens, cristãos ou não, exigindo seus favores, apoio ou complacência. Uma igreja que prega o evangelho da paz e levanta o discurso do ódio, da discórdia, da acepção e da rebelião. Uma igreja que se diz escolhida por Deus e que, cheia de arrogância, orgulho e soberba, clama por arrependimento. Uma Igreja que prega o amor, mas não demonstra empatia nem compaixão pelos que sofrem. Uma Igreja que ataca, pune, maltrata. Que julga, acusa e debocha (lembrando que julgar é bem diferente de exortar). Uns se achando melhores dos que os outros. Mais fortes, mais poderosos, mais "cheios da unção". Uma Igreja que defende homens, não mais a Palavra. Triste a situação da Igreja de nossos dias. Está doente, mas se vê sã. Que o Senhor tenha misericórdia dela.