segunda-feira, 15 de junho de 2015

Mergulhe nas águas!

"Naamã, porém, indignado, retirou-se, dizendo: Eis que pensava eu: Certamente ele sairá a ter comigo, pôr-se-á em pé, invocará o nome do Senhor seu Deus, passará a sua mão sobre o lugar, e curará o leproso. Então este lhe mandou um mensageiro, a dizer-lhe: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne tornará a ti, e ficarás purificado." (II Rs 5.10-11)

Às vezes, pensamos que merecemos tratamento diferenciado, VIP, por conta de algum cargo, posses, muito conhecimento ou qualquer outra coisa que neste mundo seja sinônimo de status, autoridade ou poder. Achamo-nos superiores, dignos de ser reconhecidos e honrados. Mas diante de Deus nada somos. E somos todos iguais, carentes de Sua misericórdia, graça, perdão e amor. 

Naamã queria cuidar do exterior, mas seu interior é que precisava ser tratado. O orgulho, a soberba e a arrogância precisavam sair daquele coração de pedra para que o coração de carne pudesse ser quebrantado. E ele foi. Naamã aceitou mergulhar nas águas do rio Jordão. Sujas, segundo alguns. Ele aceitou reconhecer sua podridão interior; despir sua capa (de boa vida aparente) e assumir o estado crítico de sua alma.

Hoje, muitos cristãos estão como Naamã. Por fora, passos firmes, olhos altivos e peitos estufados; por dentro, corações feridos, questionamentos diversos, fé em cacos. Em público, profetizam, sorriem e oram; em casa, duvidam, lamentam e choram. Até quando viver de aparências? Até quando não reconhecer que se está quebrado? Até quando recusar pedir ajuda? E aceitar ajuda?

"O maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado." (Mateus 23:11,12)

Somos todos filhos. Somos todos servos. Nossas "patentes", diante de Deus, nada valem. Por isso, também não podemos recusar tarefas ditas "pequenas" nem pensar "sou bom demais para isso". Podemos ajudar uns ao outros. A arrogância, o orgulho e a soberba nos impedem de pensar assim e de enxergar a importância e o valor do próximo. Daí, falhamos no segundo mandamento e "quebramos" a tão desejada unidade.

Que nesses dias de volta ao primeiro amor, possamos verdadeiramente voltar à nossa origem em Deus, ao tempo em que não tínhamos vergonha de nos despir diante dEle, reconhecendo-nos como pecadores carentes de Sua cura, restauração e libertação. Tempos em que nos derramávamos em Sua presença e mergulhávamos em Suas águas curadoras, a Palavra, cientes de que precisávamos delas para sermos sarados e transformados. Que possamos voltar às águas. Que possamos voltar a Ele.

"Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus." (Salmos 51:17)

"Mas aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna." (João 4:14)