"Marta, pois, ao saber que Jesus chegava, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa. Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. E mesmo agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus te concederá. Respondeu-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir. Disse-lhe Marta: Sei que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia. Declarou-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês isto? Respondeu-lhe Marta: Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo. Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse- lhe: Senhor, já cheira mal, porque está morto há quase quatro dias. Respondeu-lhe Jesus: Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?" (Jo 11.20-27,39,40)

Na conversa de Marta com Jesus, vemos como ela se contradiz. Primeiro afirma saber que tudo quanto Jesus pedisse a Deus, Ele lho concederia. Depois, Jesus lhe pergunta uma coisa (acerca do crer em Seu poder), e ela responde outra. Por fim, quando o Mestre manda abrir o sepulcro, avisa: "Já cheira mal". São três momentos que mostram como uma fé "de boca", pode ser frágil e ineficiente na hora da necessidade e angústia.

Marta cria, mas tinha dúvidas se Ele podia fazer o impossível e, no que dependesse dela, a pedra ficaria no sepulcro. Então, será que realmente cria?

Não abra mão de algo só porque a seus olhos não tem mais jeito. Quando apresentar uma situação diante de Deus, lembre-se de quem Ele é e que pode transformar a morte em vida.

Mc 11.23,24. "Em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar; e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, assim lhe será feito. Por isso vos digo: que tudo o que pedirdes em oração, crede que o recebereis, e tê-lo-eis."

Ter fé é acreditar sem duvidar. Alimente a sua fé e, a despeito das circunstâncias, creia em Deus.

Ele continua sendo Deus!!!

"Ora, estava enfermo um homem chamado Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta. Mandaram, pois, as irmãs dizer a Jesus: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas. Jesus, porém, ao ouvir isto, disse: Esta enfermidade não é para a morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela. [...] Chegando pois Jesus, encontrou-o já com quatro dias de sepultura. Marta, pois, ao saber que Jesus chegava, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa. Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. [...] Tendo, pois, Maria chegado ao lugar onde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se-lhe aos pés e disse: Senhor, se tu estiveras aqui, meu irmão não teria morrido." (Jo 11.1,3,4,17,20,21,32)

As duas irmãs, ao se encontrarem com Jesus, após a morte de Lázaro, disseram-Lhe a mesma coisa: "Senhor, se tu estiveras aqui, meu irmão não teria morrido".

Ambas conheciam ao Senhor, já tinham vistos Seus milagres, aparentemente compreendiam quem Ele era (o filho de Deus), mas não tinham a real noção ou dimensão disso.

Algumas vezes, quando os problemas humanamente insolucionáveis vêm, chegamo-nos a Deus não para adorá-lO ou pedir-Lhe um milagre, mas para questioná-lO, como se fora o culpado do mal, por não ter interferido antes, deixado que acontecesse.

Pode parecer jargão, contudo, realmente, Deus não se atrasa nem chega atrasado. Ele não perdeu o momento certo de agir. Ressuscitou o morto para que, aqueles que ainda não criam nEle nem entendiam que Ele pode todas as coisas, vissem o poder de Deus manifesto, fossem salvos e glorificassem a Ele.

Não deixe que os problemas criem dúvidas quanto ao tamanho do nosso Deus. Também não pense que Ele está demorando para agir. Se Ele permitiu que algo ruim acontecesse, certamente tem um propósito nisso. Em vez de perguntar: "Senhor, por quê?", contemple as Suas obras, lembre-se dos milagres que Ele já fez em sua vida, descanse nEle, adore-O.

Deus não mudou. Ele continua sendo Deus, e para sempre o será!

Uma breve oração...

O preço foi alto...

A boa, perfeita e agradável vontade de Deus

Romanos: 12.2

"E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."

Baseados neste versículo, e apoiados no relativismo e humanismo que imperam nos dias de hoje, muitos vivem um Evangelho desfocado. Em vez de o alvo ser a salvação do homem, a busca da santificação e a garantia de uma eternidade com Cristo, foca-se apenas no bem-estar terreno. "Deus quer a minha felicidade. Sua vontade é sempre boa, perfeita e agradável, então farei o que for preciso para ser feliz".

A vontade citada nesse versículo não é aquela como entendemos com a mentalidade humana, conforme a este mundo, mas aquela boa, perfeita e agradável aos olhos dEle, e essa Sua vontade não nos isenta de dores, abnegação e sofrimentos. 

Foi da vontade de Deus que Jesus morresse na cruz:"Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo, fazendo-o enfermar; quando ele se puser como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos" (Isaías 53.10). Também foi de Sua vontade que José fosse parar no Egito (Gn 50.19,20).

A vontade de Deus é aquela manifesta em Sua Palavra, quer aceitemos, quer não; quer gostemos, quer não. E ela, mesmo quando amarga e incompreensível, sempre nos leva ao cumprimento de Seus planos e propósitos de Deus, os quais são e sempre serão perfeitos.

Farisaísmo

"E passando Jesus, viu um homem cego de nascença. Dito isto, cuspiu no chão e com a saliva fez lodo, e untou com lodo os olhos do cego, e disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa Enviado). E ele foi, lavou-se, e voltou vendo. Então os vizinhos e aqueles que antes o tinham visto, quando mendigo, perguntavam: Não é este o mesmo que se sentava a mendigar? Uns diziam: É ele. E outros: Não é, mas se parece com ele. Ele dizia: Sou eu. Perguntaram-lhe, pois: Como se te abriram os olhos? Respondeu ele: O homem que se chama Jesus fez lodo, untou-me os olhos, e disse-me: Vai a Siloé e lava-te. Fui, pois, lavei-me, e fiquei vendo. E perguntaram-lhe: Onde está ele? Respondeu: Não sei." (João: 9.1,6-12)

O relato da cura do cego de nascença ocupa um capítulo do livro de João. Um cego de nascença é instantaneamente curado e as pessoas, em vez de se maravilharem com o milagre, ficam a questioná-lo como isso acontecera. Ele precisa explicar por três vezes como Jesus o curou. Até seus pais são chamados para explicarem o fato. No final, ele é expulso da sinagoga, mas, encontrando novamente Jesus, crê nEle e o adora.

Há pessoas que ficam procurando motivos para condenar aqueles que fazem a obra de Deus pura e simplesmente. Buscam informações ora com um, ora com outro, sempre esperando ouvir o que justifique sua condenação e crucificação. Não olham os milagres ou os frutos. Não têm olhos para isso. Preocupam-se mais com as coisas terrenas do que com as espirituais.

À espera por longos anos...

João: 5.5-8

"Achava-se ali um homem que, havia trinta e oito anos, estava enfermo. Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim havia muito tempo, perguntou-lhe: Queres ficar são? Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que, ao ser agitada a água, me ponha no tanque; assim, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. Disse-lhe Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda."

O homem estava ali há 38 anos, esperando que alguém o ajudasse a descer às águas. Foram 38 anos esperando um favor, colocando sua esperança em homens, como se Deus dependesse deles para agir. 

Quando Jesus lhe pergunta se quer ser curado, ele se mostra meio conformado. Talvez, fosse mesmo a vontade de Deus que passasse a vida inteira naquela condição. Talvez Deus não o quisesse curado, mas ele estava enganado...

Às vezes, apresentamos a Deus as circunstâncias e aceitamos as situações ruins como se Ele nada pudesse fazer. Mas Ele pode! Aquela história de 38 anos foi mudada radicalmente em poucos minutos. 

As águas não precisaram se mover para que o milagre acontecesse. Ou seja, nem sempre milagres de Deus são acompanhados de sinais visíveis aos olhos. Ele também não precisou entrar nas águas para ser curado. Ou seja, o milagre nem sempre acontece do jeito que esperamos. 

Às vezes, Deus está nos perguntando simplesmente se queremos e cremos em um milagre, e ficamos diante dEle expondo circunstâncias e lamentando-as. Deus é Deus em todo o tempo.

Não importa há quantos anos algo nos prende ou paralisa. Ele muda qualquer coisa! Não olhe para as águas paradas nem espere favor de homens. Olhe para Deus. Creia nEle, confie nEle!

A mulher samaritana

"A mulher samaritana lhe perguntou: 'Como o senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber?' [...], Jesus lhe respondeu: 'Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva'. Disse a mulher: 'O senhor não tem com que tirar a água, e o poço é fundo. Onde pode conseguir essa água viva?'" (João 4:9-11)

A mulher samaritana estava frente a frente com Cristo, o autor da vida, mas não O reconhecia. Como samaritana, fazia o que lhe parecia certo (buscava e adorava a Deus em Gerizim), acreditando ter um bom relacionamento com Deus. 

Jesus fala com ela sobre coisas espirituais, da "água viva" que Ele pode oferecer, mas a mulher não O compreende, embora deseje dessa água (1Co 2,14). 

Hoje, muitos estão como a mulher samaritana. Servem a Deus seguindo uma tradição, mas não O conhecem de verdade nem desfrutam o melhor dEle. São pessoas sedentas que buscam as águas que saciam a sede de vida, mas não as encontram. De tempos em tempos, precisam voltam ao poço, àquilo que acreditam ser a solução ou a resposta para suas vidas, a fim de encherem novamente seus "vasos". Cansam-se, carregando fardos pesados porque ainda não descobriram que o dEle é "leve e suave". 

Às vezes, estamos tão ocupados e preocupados em suprir nossas necessidades físicas (os discípulos queriam que o Mestre comesse algo (v.31)), que nos esquecemos das necessidades espirituais daqueles que ainda não têm Jesus como fonte supridora e saciadora do corpo, da alma e do espírito.

Os campos estão brancos há mais de dois mil anos e, muitas vezes, não nos atentamos a isso.

"Eu os enviei para colherem o que vocês não cultivaram. Outros realizaram o trabalho árduo, e vocês vieram a usufruir do trabalho deles" (João 4:38).

Há pessoas ansiosas por ouvirem da salvação que só há em Cristo Jesus. Precisamos não apenas lançar sementes, mas também sair à ceifa.