terça-feira, 31 de dezembro de 2019

2020!

A alguns anos atrás (muitos, na verdade), ficava imaginando como seria chegar ao ano 2000. Nasci na década de 70 e isso, para mim, parecia algo tão longe, tão distante. O futuro era uma incógnita.


O uso da tecnologia crescia (final da década de 80). Novidades apareciam a cada momento: computadores, telefones sem fio, secretária eletrônica, pagers... E se superavam a cada momento também. Aprendi Basic, Cobol, Fortran... Servem para alguma coisa atualmente?

No computador, cujo teclado era de borracha (tínhamos um TK85), digitava-se, letra por letra, em Basic uma formulinha e, ao apertar Enter, milagrosamente, aparecia na tela o resultado (na tela da TV, pois o "computador" era conectado a ela). Era uma série de comandos para realizar uma simples soma. Algo ridículo hoje em dia.

Mas o tempo passou. Chegou 2000, 2005, 2010 e, agora, 2020. Não houve "bug do milênio". Tenho, até hoje, um texto intitulado "Ano 2050". Trata-se de uma carta em que o pai conta para o filho como era o mundo com água. Sim, pela carta (hoje seriam mensagens de WhatsApp; alguns anos atrás, e-mail. Olha como as coisas mudam?) percebe-se que, em 2050, o mundo enfrenta sérios problemas devido à falta desse precioso recurso. Os fatos narrados nela se tornarão reais? Quem sabe? O que sabemos, e sentimos na pele e no corpo, é que o tempo voa. Os anos passam com muita pressa, sem pedir licença.

Então, antes de sermos esmagados por mais 365 dias, que possamos refletir sobre cada momento perdido (já que não voltam mais).

E que possamos aproveitar cada momento que teremos, ao lado daqueles que amamos, diante de uma paisagem nova em um lugar de descanso, assistindo a um filme, confabulando com Deus, rindo com os irmãos, rindo com os amigos... Que possamos aproveitar cada bom momento e estar atentos às oportunidades (que também não voltam).

Um 2020 abençoado por Deus, pleno de saúde, amor, paz, sabedoria, entendimento, discernimento, graça e tudo o mais de que necessitamos para enfrentá-lo.

Feliz ano novo a todos!!!




terça-feira, 24 de dezembro de 2019

E já chegou o Natal!

Mais um ano que está chegando ao fim, e mais uma vez estamos todos, ou quase todos, preocupados com ceia, convidados e presentes. Pela janela da alma, em um mundo distante, porém próximo, muito próximo, temos apenas um vislumbre dos pobres e necessitados. Estes, assim como os problemas, dívidas e preocupações são, temporariamente, deixados de lado. É Natal!

Em alguns shoppings e decorações, ressurge (ou perde-se, depende de como se deseja ver), entre bonecos, renas e neve, a figura do Cristo menino. “Que bonitinho!” (o menino da manjedoura). O mesmo Jesus rejeitado, humilhado, esquecido e até zombado por alguns. Dissociaram o menino do homem. Uma tentativa de se inocentar o primeiro e culpar o segundo? Perde-se a essência de sua vinda: "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele” (Jo 3.16,17).

Ignora-se o que Ele disse. Sua Palavra é “ultrapassada”. “Não preciso disso”. “Tenho em mim tudo o de que preciso”. “Eu posso”. “Eu consigo”. “Eu sou”.

Às badaladas digitais da meia noite, virão os abraços e beijos: “Feliz Natal! Feliz Natal!”. Logo, garfos e facas se batendo; papéis rasgados e amassados. “Meias de novo?!?”, “Outra agenda?”, “O que vou fazer com isso??”. “Gostou?” “Sim, muito obrigado!”.

A festa cuja essência perdeu-se há tempos... Assim como muitos, também há tempos, a perderam.

Feliz Natal!




sábado, 14 de dezembro de 2019

Marta e Maria

"Marta! Marta! Você anda inquieta e se preocupa com muitas coisas, mas apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada" (Lucas 10:41,42).

Às vezes, ficamos choramingando, lamentando junto ao Senhor nossos problemas e dificuldades, perguntando: "Até quando?". Ele nos diz: "Apenas uma coisa é necessária".

Que, em meio ao muito trabalho, possamos dedicar tempo para estar aos pés de Jesus, trocando a lamentação pelo silêncio. Ouvindo-O e meditando em Sua Palavra. Agradecendo. Ele já fez muito por nós, e continuará fazendo.

Uma só coisa necessária. Façamos a certa!

Bom dia!

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos

"Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado." 
(Romanos 7:18-25)

Paulo teve um encontro pessoal com Cristo. Fora arrebatado e levado ao terceiro céu. Isso não fez com que ele, automaticamente, se torna-se um santo. Ele era salvo, mas, infelizmente, continuava homem.


Nossa luta contra o pecado é diária. Não deixamos de pecar por medo de Deus, mas justamente por amá-lO, por sabermos o preço que Ele já pagou por nós, por querermos agradá-lO. Hebreus 12.14, deixa muito claro que, sem santificação, ninguém verá a Deus. Infelizmente, até sermos como Ele, há um processo, um longo e estreito caminho, um negar-se a si mesmo que implica também em diminuir para que Ele cresça, em deixar Ele entrar e reinar em cada área de nossas vidas, mentes e corações. Isso realmente já acontece? Nenhuma de nossas vontades é contrária à vontade de dEle? Nenhum de nossos pensamentos e ações desagradam a Ele? Depois de conhecê-lO não pecamos mais?

"Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós" (1 João 1:8-10).


terça-feira, 4 de junho de 2019

Não fuja para a caverna!

Depois de desafiar corajosa e ousadamente 950 profetas de Baal e de Asera, Elias fugiu mediante a ameaça de uma mulher. Foi parar debaixo de uma giesta, pedindo para si a morte.
Quantas vezes deixamos a palavra de uma pessoa, claramente usada pelo inimigo, roubar nossa fé, ousadia e coragem? Quantas vezes, buscamos refúgio em "giestas", um arbusto com lindas e aromáticas flores? Recorremos a lugares isolados que, aparentemente, trazem paz. Contudo, a verdadeira paz só encontramos na presença de Deus.
Elias foi acordado por um anjo e, depois de fortalecido, seguiu para o Monte Horebe, o Monte de Deus, caminho de 40 dias. Lá, escondeu-se em uma caverna, onde ouviu Deus lhe perguntar: "Que fazer aqui, Elias?".
Por esquecermos quem Ele é e quem somos nEle, muitas vezes, fugimos de Seus propósitos e terminamos com os olhos voltamos para nós mesmos, vendo-nos como desafortunados, perdidos e fracassados. Deus não nos manda fugir dos problemas e ameaças ("Volta pelo TEU caminho"); antes, nos leva para Sua presença e nos faz parar para refletir sobre o que estamos fazendo.
"Que fazes aqui, Elias?" Depois de ver o poder de Deus queimar completamente o holocausto, a lenha, as pedras e o chão, além de secar totalmente a água na valeta do altar, o profeta deixou-se abater pela ameaça de Jezabel. Esqueceu-se de que pertencia a um Deus vivo e verdadeiro, a um Deus que poderia livrá-lo, a um Deus que guarda os Seus, a um Deus que cuida e protege. Tirou os olhos do Todo-poderoso para colocar no que se pensa ou diz poderoso; das coisas do Alto para os problemas e situação da terra. Teve medo. Fugiu.
Precisamos nos lembrar a cada dia de quem somos em Cristo, de quem somos filhos e quem é o nosso PAI. Nada acontece sem a Sua permissão. Nada foge ao Seu controle. Nada nos atinge sem um propósito. Nada. Ele é aquele que nos guarda, nos livra, perdoa, sustenta, fortaleça e, acima de tudo, ama. Ele nunca nos abandona, mesmo em cavernas, fortes ventos ou "terremotos". Nos momentos difíceis, busque-O. Em vez de dar ouvidos ao que dizem os homens, ouça o que Ele diz através de Sua Palavra. Ore. Deus não nos quer em cavernas, mas agindo com autoridade e ousadia, fazendo a Sua obra e manifestando o Seu poder para o louvor da Sua glória.

"Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: "Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro". Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor." (Romanos 8:35-39)



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

A liquidez das tragédias


Procuro notícias de Brumadinho. Difícil achar qualquer novidade. Só atualizam o número de mortos. Os “novos” vídeos e depoimentos, como em círculo vicioso, já foram e serão reproduzidos e compartilhados centenas e centenas de vezes. Como não se abalar com uma cena dessas?!? E aquele carro, meu Deus? E aquele maquinista??? Não há para onde fugir, e o desespero é em vão. Como não evitaram tudo isso?!? E, mesmo em meio a momentos dramáticos, há aqueles que querem vender seu produto: “Você poderá pular esse anúncio em 30 segundos”. Um insulto, uma vergonha, um desrespeito.

As notícias que antes, com grandes manchetes, ocupavam as primeiras páginas, agora precisam ser caçadas em pequenos links apresentados junto a outras tantas chamadas. O “Big Brother” real é trágico, cruel e impiedoso. Difícil assistir às cenas. “Não tenho estômago para isso... Quem está mesmo disputando o paredão?”, “Elegeram esse homem de novo?!? Agora danou-se! Estamos perdidos...”. Será conveniente chamar isso de tragédia política? Ou seria uma tragédia moral?

Tragédias familiares, ambientais, políticas... pouco a pouco, mudam-se os protagonistas. Também aos poucos, os barulhos dos helicópteros e os gritos mudos de justiça e revolta são substituídos pelos pandeiros e surdos das baterias. O que não é “líquido” hoje em dia? O povo brasileiro é um povo festivo, que não se deixa abater com qualquer desgraça. E os que se foram? Entram para as estatísticas. Ficam nas lembranças, na história e, por um tempo, na memória. Sepultados na terra, escondidos na lama.

Quantos morreram? O país morre pouco a pouco pela ganância de homens de todas as áreas, em todas as áreas.

Começam os ensaios para o desfile de março! É carnaval!