segunda-feira, 13 de abril de 2015

Congregai-vos!

Há algum tempo, tem surgido um "zum zum zum" entre cristãos sobre a necessidade de ir à igreja, congregar. Embora seja uma doutrina contrária à ideia de Corpo (ideia esta que permeia toda a Bíblia), ela tem ganhado alguns adeptos. É certo que o fato de uma pessoa ir à igreja não a torna cristão verdadeiro nem garante real conversão, mas isso quem deve avaliar e julgar é o Senhor, e não nós. 

Se procurarmos a origem da palavra, veremos que congregar vem do Latim CON- (que tem o sentido de “juntar”) e GREX (que significa “rebanho, manada, bando de aves, reunião”). Há vários versículos que ressaltam a necessidade de a Igreja congregar, ou seja, reunir-se, estar junto, independentemente do que acontece nos corações. Seguem alguns:

"Congregai-vos, sim, congregai-vos, ó nação não desejável; antes que o decreto produza o seu efeito, e o dia passe como a pragana; antes que venha sobre vós o furor da ira do Senhor, antes que venha sobre vós o dia da ira do Senhor." (Sofonias 2:1-2)

"Santificai um jejum, convocai uma assembléia solene, congregai os anciãos, e todos os moradores desta terra, na casa do Senhor vosso Deus, e clamai ao Senhor." (Joel 1:14)

"Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação." (1 Coríntios 14:26)

"E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia." (Hebreus 10:24-25)

"E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia." (Hebreus 10:24-25 NVI)

Igreja, por sua vez, vem do grego EKKLESIA, que significa “assembleia, reunião”. O termo é derivado do verbo EKKALEIN, formado por EK-, “fora”, mais KALEIN, “chamar, clamar”. Isso significa que temos, sim, que congregar, mas sem nos esquecermos de nosso chamado: "Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15). 

Na igreja, reunidos, edificamos e fortalecemos uns aos outros (pela Palavra e comunhão com os irmãos). Fora dela, fotalecidos e edificados, cumprimos o mandamento e alcançamos vidas.


"Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros." (Romanos 12:4-5)

"Mas Deus estruturou o corpo dando maior honra aos membros que dela tinham falta, a fim de que não haja divisão no corpo, mas, sim, que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros. Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele.Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo." (1 Coríntios 12:24-27)

Estamos enxertados na videira, somos partes de um todo. Não há como vivermos independentes uns dos outros.

Boa tarde!



PS: A palavra "igreja" entrou em uso muito antes do início do cristianismo. 
Fonte sobre a origem das palavras: http://origemdapalavra.com.br/site/


sexta-feira, 3 de abril de 2015

A origem da Páscoa

No próximo final de semana, várias pessoas comemorarão a Páscoa. Mas muitos não sabem qual o verdadeiro significado dessa celebração. Como foi mesmo que tudo começou?
Há cerca de 1.500 anos antes de Jesus Cristo nascer, os judeus eram escravos no Egito. Lá eles trabalhavam duro, sendo maltratados por 430 anos. Deus, então, enviou Moisés para livrar o Seu povo da escravidão, para que pudessem conhecê-lO e adorá-lO. Mas Faraó, o Rei do Egito, não queria libertar o povo de Deus. O Senhor então enviou dez sinais do Seu poder para que Faraó libertasse o povo. Mesmo assim, o coração de Faraó, endurecido, não deixou o povo ir. Então Deus disse que mandaria o último sinal: ordenou que cada família do povo de Israel matasse um cordeiro macho, sem defeitos, e passasse o sangue desse cordeiro nos umbrais da porta de sua casa. Onde o anjo da morte visse o sangue, ninguém morreria. Todos os primogênitos, desde o filho do Faraó até o filho do servo mais humilde morreram, como também todo primogênito dos animais (Ex 7-12).
Depois da morte dos primogênitos, o povo de Israel foi liberto da escravidão. Desde então, conforme o Senhor ordenou (Ex 12:14), a Páscoa passou a ser comemorada como a noite da passagem do anjo da morte (pessach, no hebraico, donde veio "Páscoa") e o livramento dado por Deus àqueles que tinham suas casas marcadas com o sangue. Assim, nessa data, os israelitas, juntamente com suas famílias, sacrificavam um cordeiro, retiravam de suas casas todo fermento, comiam ervas amargas e contavam a história de seus ancestrais, de como viveram o êxodo na terra do Egito e a libertação da escravidão ao Faraó. Era dever dos pais usar a Páscoa para ensinar aos filhos a verdade sobre a redenção da escravidão e do pecado, que Deus efetuara em favor dos Seus.
Logo, Páscoa não se trata de troca de ovos de chocolates botados por coelhinhos (a propósito, coelhos não botam ovos). Para o povo de Israel, ela foi a passagem da escravidão para a liberdade; para nós, é a celebração que marca a passagem da morte para a vida. Jesus veio nos reconciliar com Deus e nos libertar da morte e do pecado. Ele foi humilhado, maltratado e morto, sem ter manchas ou máculas, como aquele cordeiro da Páscoa dos hebreus. Todos que têm a marca do seu sangue, isto é, aceitam Seu sacrifício na cruz do calvário, são libertos da escravidão do pecado e da morte, assim como os hebreus foram libertos pelo sangue dos cordeiros passado nas portas. Ao terceiro dia, Ele ressuscitou e hoje, vivo está, assentado á direita do Pai.
Não se esqueça jamais da obra redentora de Jesus e não deixe de adorá-lO e celebrar a Ele, agradecendo dia após dia o dom da Vida!


Algumas fontes:
A Páscoa do Chocolate. Aloizio Sousa Arantes. Disponível em:http://www.estudogospel.com.br/datas- comemorativas/pascoa/a-pascoa-do-chocolate.html
Bíblia de Estudo Pentecostal – Antigo e Novo Testamento, Flórida - EUA: Life Publishers, 1995.
Comentário Bíblico Beacon. CPAD.pp164-165

Dois mandamentos...

“Pois misericórdia quero, e não sacrifícios; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos.” (Oséias 6:6)

 “Ora, estando Ele à mesa em casa, eis que chegaram muitos publicanos e pecadores, e se reclinaram à mesa juntamente com Jesus e seus discípulos. E os fariseus, vendo isso, perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo isso, respondeu: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos. Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios. Porque eu não vim chamar justos, mas pecadores.” (Mateus 9:10-13)

Foram os publicanos (coletores de impostos nas províncias do Império Romano) e pecadores que se achegaram a Cristo. Ele poderia dispensá-los, mas resolveu comer com eles.

Mais do que ofertas que representem até tudo o que temos ou somos, Deus deseja vidas curadas em seus relacionamentos com Ele (conhecimento de Deus) e com o próximo (a misericórdia). O exercício dos dois principais mandamentos:

“Respondeu Jesus: Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo.” (Mateus 22:37-39)

Todos os dias se achegam a nós “publicanos” e pecadores. Que possamos recebê-los não para partilhar seus pecados ou falcatruas, mas para “repartir o Pão”. Eles não precisam de uma Igreja que os julgue, mas que exerça para com eles de misericórdia (como nós a recebemos todos os dias), para que sejam curados.

Misericórdia é a junção de duas palavras em latim: miseratio (compaixão) + cordis (coração). Assim, pode-se entender misericórdia como "coração compadecido".

“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?”  (Miquéias 6:8) 

Boa tarde!

Sacrifício é a ação ou o efeito de sacrificar. A oferenda de animal, produto da colheita ou de qualquer coisa de valor, feita a uma divindade para lhe tributar homenagens, ou para reconhecimento do seu poder, ou ainda para lhe aplacar a cólera. 

Holocausto é o tipo de oferenda a uma divindade no qual toda a oferenda é queimada; diferentemente do sacrifício, no qual as partes não comestíveis são queimadas e as partes boas são consumidas.