terça-feira, 29 de abril de 2014

Família...

A Guia Profética de 2014 trata da restauração da família. Para que haja esse restaurar, gostaríamos de convidá-los a refletirem sobre esta lição e, se necessário, conversarem e orarem com seus filhos a respeito.

Há alguns domingos, estamos tratando do tema “Família”. Semana passada, estudamos a história de Esaú e Jacó. Conforme o texto, Isaque gostava mais de Esaú e, Rebeca, mais de Jacó. Os pais não esconderam suas preferências entre os filhos, o que deu início aos problemas.

Até hoje, mesmo em lares cristãos, há pais que preferem um filho ao outro, provocando ciúmes, inveja e brigas entre os irmãos. Esaú devia se sentir decepcionado com sua mãe e, Jacó, com seu pai. Talvez fizessem tudo para agradá-los, mas nunca conseguiram.

Rebeca incentivou Jacó a enganar o próprio pai. Como deve ter sido difícil para Esaú perceber isso e saber que sua própria mãe estava envolvida. Será que ele teria coragem (ou vontade) de aconselhar-se com ela? Será que a teria como amiga e confidente? Como ficou sua confiança nela? Depois do engano, Esaú passou a odiar Jacó, a ponto de desejar tirar-lhe a vida. Rebeca, por sua vez, nunca mais vira seu filho amado. Jacó colheu o que plantou, trabalhando dobrado para Labão, e Isaque morreu provavelmente muito decepcionado por ver-se enganado pelo próprio filho e pela esposa.

Nestes eventos tristes, todos tiveram sua parcela de culpa: Após o nascimento dos filhos, parece que Deus fora praticamente esquecido no lar de Isaque. Eles não consultaram ao Senhor para tentar resolver seus problemas, nem buscaram nEle a restauração dos laços. Isaque e Rebeca também pecaram tendo, cada um, seu filho predileto. Essa atitude em nada contribuiu para uma família bem ajustada. A Bíblia diz: “Pais, não irritem seus filhos, para que eles não se desanimem” (Colossenses 3:21), e Esaú e Jacó devem ter ficado desanimados, tentando o louvor e a atenção dos pais. Isaque parece ter ignorado o plano de Deus para seus dois filhos e foi “mole” demais na educação deles. Não exercera sua função de cabeça do lar. Rebeca, por sua vez, querendo ajudar a Deus, levou o filho a enganar o próprio pai, mostrando sua falta de amor e respeito para com o marido: “A mulher sábia edifica a sua casa, mas com as próprias mãos a insensata derruba a sua” (Provérbios 14:1). Esaú parece ter sido um rapaz mais interessado em coisas materiais do que espirituais. Hebreus 12:16 diz: “Não haja nenhum imoral ou profano, como Esaú, que por uma única refeição vendeu os seus direitos de herança como filho mais velho”. Jacó sabia muito bem que, o que havia feito por duas vezes com seu irmão, não era certo, mas queria sempre ser o primeiro aos olhos de seu pai. Ele sofreu muito na casa do seu tio Labão e nunca mais viu sua mãe querida. Além disso, vivia com medo do seu irmão querer se vingar dele.

Essa família, que tinha tudo para ser bem sucedida, desmoronou por causa do pecado. Todos na família pecaram. Não havia diálogo e concordância. Não havia busca a Deus. Não havia confissão e arrependimentos perante o Senhor e uns para com os outros.

Precisamos cuidar bem dos relacionamentos familiares, estando cientes de que todas as nossas ações e palavras geram consequências:

“Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna.” (Gálatas 6:7-8)

“A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que gostam de usá-la comerão do seu fruto.” (Pv 18:21)

"Se uma casa estiver dividida contra si mesma, também não poderá subsistir." (Marcos 3:25)





O espelho

Uzias tinha dezesseis anos de idade quando se tornou rei (...). Ele fez o que o Senhor aprova, tal como o seu pai Amazias; e buscou a Deus durante a vida de Zacarias, que o instruiu no temor de Deus. Enquanto buscou o Senhor, Deus o fez prosperar. [...] 

Ele foi extraordinariamente ajudado, e assim tornou-se muito poderoso e a sua fama espalhou-se para longe. Entretanto, depois que Uzias se tornou poderoso, o seu orgulho provocou a sua queda. Ele foi infiel ao Senhor, ao seu Deus, e entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar de incenso. 

O sumo sacerdote Azarias, e outros oitenta corajosos sacerdotes do Senhor, foram atrás dele. Eles o enfrentaram e disseram: "Não é certo que você, Uzias, queime incenso ao Senhor. Isto é tarefa dos sacerdotes, os descendentes de Arão consagrados para queimar incenso. Saia do santuário, pois você foi infiel e não será honrado por Deus, o Senhor". 

Uzias, que estava com um incensário na mão, pronto para queimar o incenso, irritou-se e indignou-se contra os sacerdotes; e na mesma hora, na presença deles, diante do altar de incenso no templo do Senhor, surgiu lepra em sua testa (2 Crônicas 26).


O poder corrompe o homem. Uzias literalmente "se achou", depois de se tornar poderoso na terra e, com isso, acabou fazendo coisas que não eram devidas a ele, para as quais não tinha autoridade espiritual para fazer. 

Algumas vezes, só porque somos bem-sucedidos em determinada obra, agimos como Uzias. Achamos que "podemos todas as coisas", que podemos fazer tudo o que concerne à obra de Deus na casa de Deus. 

Uzias indignou-se com o líder dos sacerdotes. Irritou-se com a ordem dele. Não teve humildade de reconhecer seu erro nem submeter-se à autoridade espiritual dele. Por isso, terminou leproso. Interessante que a lepra na testa só podia ser vista diretamente pelos outros. 

Quando agimos como Uzias, não enxergamos diretamente nossa própria lepra. Precisamos de um espelho para vê-la. E o melhor espelho para enxergar nossas falhas espirituais é a Bíblia. Ela também nos mostra qual deve ser nosso posicionamento referente às coisas e à casa do Rei. Precisamos, frequentemente, nos colocar diante do espelho da Palavra, a fim de verificar se, diante dEle e de nossos líderes espirituais, estamos limpos. Há uma hierarquia na Igreja que precisa ser respeitada. 






Tempos modernos na igreja...

É inacreditável como, nos dias de hoje, alguns pais ainda não se aperceberam da importância de se investir na vida espiritual dos filhos. 

Talvez muitos não saibam, mas 85% das conversões acontecem entre 4 e 14 anos, e 10% entre 15 e 30 anos. Talvez não saibam também que, conforme Relatório Super20 de 2011, elaborado pela AMME Evangelizar, afastaram-se da fé: 37,93% dos crentes que se converteram ainda crianças (até 10 anos de idade); 30,95% dos que se converteram durante a adolescência (entre 11 e 17 anos) e 13,8% dos que se converteram durante a juventude, entre 18 e 24 anos de idade. Esses números referem-se apenas àqueles que voltaram à igreja, ou seja, é ainda maior! E para que tantos números? Para lembrar que o número de desvio é grande entre crianças, adolescentes e jovens; portanto, essa "turminha" necessita de maior atenção e assistência dentro das igrejas. Acho engraçado, senão triste e lamentável, quando um pai briga com o filho quando este "cabula" aula na escola secular, mas, na igreja, isto não tem a mínima importância. Ora, como a vida secular de uma criança, adolescente ou jovem pode ser mais importante do que a espiritual? Como pode uma criança, adolescente ou jovem permanecer firme e inabalável sem base espiritual, sem Bíblia e sem Palavra? O que salva: a fé em Jesus Cristo ou o curso de Inglês e Informática? Não que não seja preciso estudar. Certamente esta não é minha posição, mas a vida espiritual tem tido pouco peso no dia a dia familiar. Dedica-se tempo a ela?

Algo está errado em nossas igrejas. Algo está errado nas famílias. Levar o filho à casa de Deus para ele ficar jogando no tablet ou conversando pelos corredores não pode ser normal. Não deveria ser normal. Há o estudo da Palavra em casa? Há o culto nos lares? Se não, em que momento esse filho é ensinado na Palavra? Em que momento ele é confrontado? Em que momento ele é ministrado e tem suas dúvidas esclarecidas?

"Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele." (Provérbios 22:6)

Queremos que nossos filhos, as crianças, adolescentes e jovens permaneçam firmes no Senhor, mas não pagamos o preço de ensinar a Verdade a eles. Se se desviarem, de quem será a culpa? Que falaremos ao Senhor?

"Mas, se alguém fizer cair no pecado um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar." (Mateus 18:6)