sábado, 24 de dezembro de 2022

É Natal!

Era uma vez um menino numa manjedoura. Seu nascimento fora anunciado por anjos e, segundo conta a história, ele seria o filho de Deus.

Reis viram uma estrela no oriente, uma estrela com brilho sem par, que os guiou até o local do nascimento. Os presentes que deram à criança foram: ouro, incenso e mirra.
Fim.
Esta é a história a que resumem o Natal de Jesus* nestes dias. Um menino numa manjedoura eternamente menino, sendo adorado por três reis magos, e mais alguns compadecidos por tão humilde nascimento em um singelo e sujo estábulo. Pobre menino...
Mas o menino cresceu. E fez proezas como nenhum outro fez. Revolucionou a história. Dividiu-a em duas partes. Trouxe a mensagem de paz que gera guerra. Abordou todo tipo de pecado. Confrontou jovens, adultos e velhos. Questionou valores, costumes e tradições. Revirou a igreja em sua hipocrisia e religiosidade. Curou enfermos. Perdoou pecados. Atraiu discípulos. Arrastou multidões. E morreu numa cruz. Povo frustrado diante de uma esperança morta. Morreu aquele que os livraria de um poder tirano e insano. Pequeno grande homem esmagado pela impiedade humana.
E é Natal! O porquê de tudo isso muitos desconhecem ou fingir desconhecer. Para que Ele veio? Para que o filho de um Deus deixou seu lugar de glória para habitar entre nós, meros infiéis, mentirosos, falsos e egoístas mortais? Por que deixar um exemplo tão raro na História?
O que ninguém conta (daqueles que fingem não saber de nada) é a motivação por traz da morte de cruz. O filho veio resgatar o que se havia perdido: a minha vida e a sua, a comunhão dos homens com o Pai. Veio assumir nossa culpa e morrer por nós. Tomando sobre si todos os nossos pecados (ou erros, seja lá como deseja chamar), permite-nos entrar na presença do Santo sem sermos fulminados pela sua justiça. Ele veio nos religar ao Pai. E não ficou morto na cruz. Ressuscitou. Mas essa é uma outra história, que só não vira da carochinha porque dá feriado.
Houve um menino numa manjedoura. Seu nascimento fora anunciado por anjos e Ele era o filho de Deus. De sabedoria notável, já na adolescência discutia a Palavra com os doutores do templo. Aclamado como o Messias esperado, foi entregue à morte por seu próprio povo, que não entendeu Sua missão: estabelecer um novo tempo, implantar um novo Reino, dar ao mundo uma esperança.
O menino da manjedoura cresceu. Morreu e ressuscitou. Assentado no lugar que lhe é de direito, ao lado de Deus Pai, aguarda o precioso momento de nos reencontrar, aqueles que são seus, aqueles que o receberam, aqueles que entenderam e aceitaram o sacrifício em seu lugar. E é Natal. Que Cristo esteja presente em sua vida não só nesta data, mas em todos os dias do ano!
* Natal de Jesus para aqueles que ainda associam a festa ao nascimento de Cristo.
Que Deus abençoe o seu Natal e a sua vida!!

domingo, 18 de dezembro de 2022

Acolhimento

Acolher. Esse termo hoje está na moda. A todo momento fala-se da necessidade de acolher bem as pessoas. Mas são só os novos na fé que precisam ser acolhidos? Somente os recém-convertidos? E os que já estão e são da igreja? São e sentem-se acolhidos? Crianças, adolescentes, jovens e idosos? A sociedade exclui certos grupos. Não podemos reproduzir essa exclusão também na igreja. Todos devem ter espaço (e têm) na casa de Deus. Todos tem um propósito e um chamado, que não entra em extinção nem desaparece por conta da idade ou do tempo, por exemplo. Que não haja entre nós aqueles que "dão a conta" sem dó aos mais idosos ou "antigos".