domingo, 16 de setembro de 2012

O que acontece na "salinha"?


Depois trouxeram crianças a Jesus, para que lhes impusesse as mãos e orasse por elas. Mas os discípulos os repreendiam. Então disse Jesus: "Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas". Mateus 19:13-14


A maioria dos pais que frequentam uma igreja tem por hábito deixar seus filhos nas famosas “salinhas”: classes de ensino bíblico infantil e juvenil. No dia a dia, acostumados a deixarem os filhos na escola para irem ao trabalho, geralmente confundem os papeis: pensam que escola secular e escola bíblica são a mesma coisa. Teoricamente, a função é a mesma – ensino –, mas... e na prática?

Para entendermos o que acontece na “salinha”, precisamos ter em mente que existe um mundo espiritual e que, dependendo de nossa posição nele, estamos fadados à vida ou à morte eterna. Cientes dessa verdade, vamos aos fatos.

Embora atualmente muitas escolas seculares tenham (infelizmente) se tornado depósitos de crianças, não é esta a visão que temos quando ensinamos em uma escola bíblica séria. “Salinha” não é local para deixar seu filho enquanto você assiste tranquila e despreocupadamente ao culto. Também não é lugar de entretenimento ou passatempo, muito menos creche. 

Grande parte das crianças tem vida tão corrida quanto às dos pais. Diversas tarefas e atividades, na escola e fora dela, tiram todo fôlego, tempo e disposição para buscarem a Deus em casa. A propósito, quantas famílias dedicam um tempo na semana para a realização de um culto doméstico? 

Crianças e adolescentes precisam tanto do alimento espiritual quanto os pais, senão mais, pois, sem maturidade e opinião formada, são muito mais vulneráveis às mentiras e ideologias que o mundo vem pregando, inclusive nas escolas.

Pensando nisso, e sabendo o que televisão, internet e videogame têm oferecido, o ensino na escola bíblica é elaborado para que crianças e adolescentes conheçam a Verdade e sejam firmados e fortalecidos na Rocha. O objetivo é permitir que conheçam ao Deus que mudou a História e não apenas histórias sobre Deus. Ajudá-las a saberem quem Ele é e quem são nEle, a terem o desejo de conhecê-lO mais e mais a cada dia, a ouvirem e discernirem Sua voz. 

“Salinha”. Enquanto os pais são “alimentados” pelo pastor, os filhos são alimentados pelos professores (a maioria com anos de experiência no ensino e de ministério). Todos recebendo um alimento adequado para cada faixa etária. É isso que irá fortalecê-los e sustentá-los em meio às lutas e dificuldades. Sim, crianças e adolescentes também têm lutas e dificuldades. Muitas delas pequenas aos nossos olhos, mas gigantes aos olhos deles.

Assim como a mensagem do culto tem começo, meio e fim, a aula da “salinha” também tem. Ou seja, há a necessidade de concluir-se o tema para o encerramento, isso sem falar nos momentos de oração. Logo, é preciso esperar. A demora dos “tios” não é proposital, apenas o desejo que aproveitem ao máximo os “nutrientes” da refeição e aguentem firmes os ventos fortes e tempestades da vida. 

Ninguém vai embora antes do término do culto (ao menos não deveria). Igualmente, querer que uma criança ou adolescente saia da sala antes de terminada a aula é interromper uma refeição no meio de um almoço. A comida, quentinha, fica no prato. Quando não vai para o lixo, é requentada. Requentada, não tem o mesmo sabor nem é comida com o mesmo prazer. Detalhe: há poucos pais dispostos a requentar a comida hoje em dia.


Obs.: Falo apenas em meu nome e não em nome de nenhum ministério ou igreja.




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