sábado, 30 de junho de 2012

O que vem de fora é melhor

O que vem de fora é melhor. É essa a cultura do povo brasileiro. Recusamo-nos em pagar caro por um produto nacional, mas, se importado, pagamos com alegria e ostentamos o fato. Há orgulho em ter-se algo estrangeiro. 

Infelizmente, muito dessa cultura permeia a Igreja. Valoriza-se o dos outros e não o local. Paga-se caro por um congresso externo e nem se comparece aos internos. A melhor música é quase sempre a estrangeira, e a nacional que tem espaço geralmente é um apanhado de versões de grupos de fora. Os eventos das outras igrejas são melhores que os da nossa. 

Interessante observar que essa "valorização" dá-se até na área de relacionamentos. É comum ver a preferência por recém-chegados ou até não cristãos em detrimentos a pessoas do ambiente local. Fico me perguntando por quê. A pouca convivência quase sempre forma um véu de encantamento. Por conhecer-se pouco, acredita-se que a outra pessoa é perfeita, melhor do que se tem até o momento. Não se percebe que no dia a dia, no passar tempo (e eventos, acampamentos, cultos...) juntos é que se conhece e enxerga o outro como ele realmente é. Sem máscaras e sem vislumbres.

Um casamento não é feito de pessoas perfeitas, mas de um casal que se respeite e valorize, que busquem, juntos, estar sempre no centro da vontade do Pai e cumprir os Seus planos, propósitos e projetos nesta terra. Nenhum casamento é um mar de rosas, mas, se ambos tiverem o mesmo alvo, o mesmo objetivo, certamente se acertarão a fim de o conquistarem e atingirem. O que vem de fora é melhor? Pode até ser, mas será que realmente precisa "vir de fora" para valer a pena? Não sei. Sinceramente, não sei. Os últimos relacionamentos que vi nesse "estilo" foram relâmpagos, não duraram quase nada.

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